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Tendências de UX 2026: Design Inclusivo é o Novo Design de Alta Performance

  • Foto do escritor: Guilherme Emanuel
    Guilherme Emanuel
  • 17 de nov.
  • 4 min de leitura
Ícone azul de acessibilidade
Ícone azul de acessibilidade

O design de experiência do usuário (UX) passou pela fase do "bonito" e pela fase do "funcional" (que discutimos no post sobre CRO). Em 2026, entramos na fase do "humano".


A maior e mais crucial tendência para o próximo ano é clara: o Design Inclusivo deixou de ser um nicho ético para se tornar um pilar estratégico e financeiro. Um produto não pode mais ser considerado de "alta performance" se ele falhar em atender um segmento significativo de seus usuários.


Design Inclusivo é a prática de criar produtos digitais que podem ser utilizados pelo maior número de pessoas possível, independentemente de suas habilidades, deficiências ou do contexto em que estão. Não se trata apenas de acessibilidade para pessoas com deficiência, mas de criar experiências que funcionem para todos.


Neste post, vamos desvendar por que a inclusão é o motor de crescimento do UX em 2026 e quais tendências práticas você precisa adotar agora.


1. A Virada Estratégica: Por que Inclusão é o Novo Crescimento


Se o seu negócio tem um produto digital, ignorar a acessibilidade é um erro de mercado e de compliance.


a) O Fator Financeiro e o Potencial de Mercado


O mercado da inclusão é vasto. No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) estima que milhões de pessoas têm alguma deficiência. Globalmente, o poder de compra da população com deficiência é gigantesco. Quando seu produto não é acessível, você não está apenas excluindo uma minoria; você está perdendo um mercado bilionário. Inclusão é, antes de tudo, expansão de mercado.


b) Conformidade Legal e Reputação


No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) e o Decreto nº 9.404/2018 tornam a acessibilidade obrigatória para sites e serviços públicos, e a pressão se estende para o setor privado. A não conformidade pode resultar em penalidades legais e, pior, em danos irreparáveis à reputação da marca.


c) SEO e Performance


Motores de busca como o Google favorecem sites que seguem as diretrizes de acessibilidade (como a organização de títulos, a descrição de imagens – alt text, e a estrutura semântica). Um site acessível é, por definição, um site melhor estruturado e mais bem ranqueado, aumentando seu tráfego orgânico.


2. As 3 Tendências Práticas de UX para 2026


A mentalidade de "pensar no todo" se manifesta em três grandes tendências de design para o próximo ano:


💡 Tendência 1: Microinterações Acessíveis e Multimodais


O foco está em criar feedback que não dependa de apenas um sentido.

  • O que é: Em vez de apenas uma mudança de cor (que pode ser imperceptível para daltônicos), uma microinteração de sucesso (como um botão clicado) deve ter: feedback visual (mudança de estado com ícone), feedback auditivo (um som sutil, se necessário) e feedback tátil (vibração em dispositivos móveis).

  • Aplicação: O estado de foco (aquele contorno que aparece ao navegar com o teclado) não pode ser discreto; ele deve ser altamente visível. Isso ajuda não apenas usuários de teclado, mas também quem usa o mouse e busca por onde está na tela.


💡 Tendência 2: Hiper-personalização da Interface


Em 2026, a personalização vai além de "recomendar um produto". Ela se estende à forma como a interface é apresentada.

  • O que é: Utilizar inteligência artificial e dados do usuário (seja preferência de dispositivo, ambiente de luz ou configurações salvas) para adaptar automaticamente o contraste, o tamanho da fonte ou a densidade da informação. O design não é mais estático.

  • Aplicação: Um aplicativo de notícias que oferece instantaneamente um modo de alto contraste para um usuário que geralmente usa o modo escuro, ou uma interface que ajusta a altura dos elementos de clique com base no tamanho do dedo (alcance).


💡 Tendência 3: UX para a Voz (VUI) e Multimodalidade


A ascensão de dispositivos sem tela (assistentes de voz, IoT, smart speakers) exige que designers pensem em "audição" e "fala", não apenas em "visão" e "toque".

  • O que é: O VUI (Voice User Interface) é crucial. O design deve garantir que todas as ações importantes do seu produto possam ser executadas por comandos de voz simples e claros.

  • Aplicação: Pensar em "como o leitor de tela vai ler esta informação" (estrutura semântica do código) e "como o meu produto se comporta quando o usuário está cego para a tela" (por exemplo, enquanto dirige).


3. O Passo a Passo: Colocando a Inclusão em Prática


Não é preciso redesenhar o produto do zero. O caminho para a inclusão começa com auditoria e compromisso:

  1. Auditoria de Acessibilidade: Comece com uma varredura das diretrizes WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), o padrão internacional. Ferramentas automatizadas ajudam a identificar erros básicos.

  2. Teste de Contraste e Cor: Use validadores de contraste. Garanta que o texto e os elementos gráficos críticos tenham contraste suficiente. Lembre-se, o uso da cor nunca deve ser a única forma de transmitir uma informação (ex: use um ícone de "X" junto com a cor vermelha para "erro").

  3. Navegação por Teclado: Certifique-se de que é possível navegar por todos os elementos interativos do seu site usando apenas a tecla Tab. O estado de foco deve ser inconfundível.

  4. Teste com Leitor de Tela: Gaste um tempo testando seu produto com um leitor de tela (como NVDA ou VoiceOver). Você verá seu design de uma perspectiva totalmente nova.


Conclusão: Design Inclusivo é Simplesmente Design Inteligente


Em 2026, o Design de Alta Performance será sinônimo de Design Inclusivo. É a única forma de garantir que seu investimento em UX não se limite a um grupo seleto, mas sim a todo o potencial de mercado.

Seu produto é lindo e funcional. Mas ele é acessível?

No GVL Studio, entendemos que o design estratégico não cria barreiras; ele cria pontes. Nossas auditorias de UX/UI não apenas identificam falhas, mas as transformam em oportunidades de mercado e crescimento.


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