Rebrandings 2025: Os Logos Que Mudaram (E O Que Isso Diz Sobre O Futuro Das Marcas)
- Guilherme Emanuel
- 13 de nov.
- 4 min de leitura

A cada virada de ano, o mundo do design e do branding se agita. Quais gigantes corporativos decidirão que é hora de uma nova cara? E, mais importante para nós, profissionais e entusiastas de marca: por que eles fizeram isso?
2025 já se consolidou como um ano fascinante para redesigns e rebrandings. Longe de serem meras mudanças estéticas, essas transformações são reflexos profundos de estratégias de negócio, shifts culturais e a busca incessante por relevância em um mercado cada vez mais digital.
Neste artigo, vamos analisar os movimentos mais notáveis deste ano para entender o que essas mudanças de logo e identidade visual nos dizem sobre o futuro das marcas e, mais importante, sobre como você deve pensar na sua própria estratégia.
A Dinâmica do Redesign: Por Que Marcas Mudam?
Antes de mergulharmos nos exemplos, é crucial entender que um rebranding não é uma decisão leviana. É um investimento massivo de tempo, dinheiro e capital de marca. Marcas mudam porque:
Expansão ou Diversificação: A empresa cresceu e a identidade antiga não comporta mais os novos produtos ou mercados.
Modernização Digital: O logo antigo não funciona bem em telas pequenas, ícones de app ou ambientes digitais.
Reposição Estratégica: A marca quer mudar a percepção do público sobre si mesma (ex: de "tradicional" para "tecnológica").
Fusões ou Separações: A estrutura corporativa mudou e a marca precisa refletir isso.
Com isso em mente, vamos aos movimentos que definiram 2025.
Cases Reais de Rebranding em 2025: Onde a Estratégia Encontrou a Estética
Analisar um rebranding é analisar a estratégia de negócio. Este ano, três casos se destacaram pela complexidade e pelo alinhamento estratégico.
1. Amazon: A Consolidação do Ecossistema
O redesign da Amazon em 2025 não foi sobre mudar o "sorriso" (o logo da loja), mas sobre unificar seu gigantesco ecossistema (AWS, Prime Video, Retail, Alexa, etc.).
A Mudança: A Amazon lançou um novo sistema de identidade visual abrangente, focado em criar uma linguagem coesa que use a fonte Amazon Ember de forma consistente e um sistema de cores e grids que permita que marcas como a AWS e o Prime Video "conversem" visualmente, mas ainda mantenham suas identidades distintas.
A Estratégia: Este movimento ilustra a tendência de Sistemas de Identidade Dinâmicos. A Amazon precisava que o consumidor enxergasse todas as suas verticais como parte de uma única e poderosa marca, simplificando a navegação em um portfólio vasto.
A Agência: Koto Studio (em colaboração com a equipe interna da Amazon).
A Lição: Rebranding não é apenas um novo logo; é um novo manual de como todas as suas submarcas se comportam.
2. Adobe: O Retorno do Vermelho Ousado
A Adobe buscou reafirmar sua liderança no espaço criativo e unificar a experiência da Creative Cloud em um mundo dominado pela IA e telas de alta resolução.
A Mudança: A marca atualizou seu icônico logo vermelho. O tom de vermelho tornou-se mais vibrante e digital, e a empresa abandonou o "container" (a caixa) que muitas vezes envolvia o "A" em contextos digitais. Isso torna o logo mais flexível, moderno e escalável.
A Estratégia: O objetivo foi o Minimalismo Otimizado. A Adobe não precisava de uma revolução, mas de uma evolução que sinalizasse modernidade e se adaptasse melhor a todos os pontos de contato, reforçando a cor vermelha como seu principal ativo de reconhecimento global.
A Agência: Mother Design (em colaboração com a equipe interna da Adobe).
A Lição: O minimalismo digital deve sempre ser funcional. Remover elementos desnecessários aumenta o impacto do essencial.
3. Herman Miller: Minimalismo com Herança e Foco no Essencial
A gigante do mobiliário de design, Herman Miller, também ajustou sua identidade, provando que a evolução é necessária mesmo para marcas com forte herança.
A Mudança: A Herman Miller (agora parte do grupo MillerKnoll) ajustou seu logo focando em sua icônica letra "M". A marca abandonou o "container" que envolvia o símbolo, permitindo que o "M" fosse usado de forma mais independente, limpa e confiante.
A Estratégia: O foco foi em reforçar o essencial. O rebranding foi uma tentativa de limpar a comunicação e tratar o símbolo "M" como um ícone tão forte e reconhecível quanto os seus produtos (como as cadeiras Eames). A simplicidade visual alinha-se à estética atemporal do seu design de produto.
A Agência: Desenvolvido pela equipe de design In-house da Herman Miller/MillerKnoll.
A Lição: Em marcas com herança, o redesign muitas vezes é um ato de subtração. Remover o supérfluo para que o ativo principal da marca brilhe mais forte.
Conclusão: Seu Logo Está Preparado Para o Futuro?
Os rebrandings de 2025 são um lembrete contundente: a estagnação é o inimigo da relevância. Marcas que prosperam são aquelas que evoluem, que se comunicam de forma clara e que estão dispostas a se reinventar para permanecerem relevantes.
A Amazon nos ensina sobre a necessidade de sistemas unificados.
A Adobe nos ensina sobre otimização digital.
A Herman Miller nos ensina sobre clareza e herança.
Essas marcas não mudaram seus logos porque estavam "feios". Elas mudaram porque a estratégia de negócio exigia.
A pergunta que fica é: seu logo e sua identidade visual ainda refletem a sua estratégia? Eles estão contando a história certa para o público certo, no ambiente digital de hoje?
Se a resposta não é um "sim" confiante, talvez seja hora de considerar sua própria evolução. No GVL Studio, ajudamos marcas a criar identidades que não apenas parecem boas, mas que também posicionam seu negócio para o sucesso contínuo.


