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Por trás do pixel: Conheça Susan Kare, a artista que deu alma ao Macintosh

  • Foto do escritor: Guilherme Emanuel
    Guilherme Emanuel
  • 16 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 7 dias

    Susan Kare em uma sala de escritório
Susan Kare em uma sala de escritório


Ícones, tipografia e a arte de humanizar a tecnologia.


Você já se perguntou quem criou a lixeira da sua área de trabalho, o ícone de 'salvar' ou a famosa fonte Chicago do Macintosh? Por trás de alguns dos símbolos mais icônicos da história da computação está Susan Kare, uma verdadeira pioneira. Sem ela, a interação com nossos computadores seria muito mais fria e técnica. Neste artigo, vamos mergulhar na história dessa artista e designer que, com simples pixels, revolucionou a forma como interagimos com a tecnologia.


O ponto de partida: uma artista no vale do silício


Susan Kare não era uma engenheira ou programadora. Ela era uma artista plástica, apaixonada por mosaicos e tapeçaria.


Foi justamente essa bagagem criativa que a levou para a Apple em 1982, a convite de um colega da faculdade.


Naquela época, os computadores eram operados por comandos de texto complexos. Steve Jobs queria algo diferente: uma interface gráfica que fosse intuitiva, amigável e, acima de tudo, humana.



    Susan Kare em uma sala de escritório
Susan Kare em uma sala de escritório


A revolução do pixel: dando vida a ícones


Com a limitação de uma tela em preto e branco de 32x32 pixels, Kare usou sua experiência com arte para criar ícones que pareciam pequenos mosaicos digitais. Ela transformou o abstrato em algo concreto. A lixeira se tornou uma caixinha de lixo, a opção de 'comando' um simpático símbolo de trevo. O "Happy Mac" e o "Sad Mac" (os icônicos ícones de inicialização e erro) deram aos computadores uma personalidade, uma expressão.



Ícones desenvolvidos pela Susan Kare para a Apple
Ícones desenvolvidos pela Susan Kare para a Apple


Além dos ícones: as fontes com personalidade


Além dos ícones, Kare também foi responsável por algumas das primeiras fontes digitais para a Apple. A fonte Chicago, por exemplo, não foi apenas uma tipografia; ela se tornou a voz visual do Macintosh. Ela foi pensada para ser legível em baixa resolução, com um toque de personalidade que fugia do formalismo das letras de máquina de escrever. A simplicidade e a funcionalidade eram a chave.



Tipografia desenvolvida pela Susan Kare
Tipografia desenvolvida pela Susan Kare


O legado continua: do Macintosh ao Facebook


O trabalho de Susan Kare não se limitou à Apple. Ela levou seu talento para empresas como a Microsoft (criando ícones para o Windows 3.0, incluindo o jogo Paciência), NeXT (de Steve Jobs após a Apple) e até mesmo o Facebook, onde desenhou os "presentes" virtuais. Sua filosofia permanece a mesma: um bom design é como um sinal de trânsito, simples, direto e universal.


Susan Kare nos ensinou que a tecnologia não precisa ser fria. Ela pode ser expressiva, intuitiva e, acima de tudo, humana. Seu trabalho, com sua estética simples e direta, continua a influenciar designers e a moldar as interfaces que usamos todos os dias. Ela não apenas criou ícones, ela criou uma linguagem visual que nos ajudou a entender o futuro da tecnologia.

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