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O Design de R$ 50 Bilhões: Lições de UX/Branding Que Você Pode Aprender com as Fintechs

  • Foto do escritor: Guilherme Emanuel
    Guilherme Emanuel
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura
Duas pessoas trabalhando em um projeto de design
Duas pessoas trabalhando em um projeto de design

O mercado financeiro tradicional sempre foi definido por duas palavras: burocracia e complexidade. Senhas longas, formulários infinitos e a sensação constante de que você não está no controle do seu próprio dinheiro.


Então, vieram as Fintechs.


A disrupção não veio apenas da tecnologia (todos têm apps), mas da estratégia de Branding e UX. Os bancos digitais não precisavam criar um novo produto; eles precisavam apenas tornar o produto financeiro fácil e humano.


Hoje, o valuation dessas empresas é a prova irrefutável de que o Design não é um custo; é o principal motor de aquisição, retenção e lealdade do cliente.


Neste artigo, analisamos as 3 lições estratégicas de UX e Branding que as Fintechs brasileiras usaram para destruir a hegemonia e conquistar o mercado.


1. A Revolução do Roxo: O Fim da Fricção Percebida


O design dos bancos tradicionais era pesado, formal e sério, o que inadvertidamente comunicava: "Finanças são complicadas e perigosas".


As Fintechs fizeram o oposto:


  • Minimalismo Visual: Interfaces limpas, poucas informações por tela e ícones claros. O design não intimida; ele convida.

  • Cores Não Ameaçadoras: A paleta de cores (o roxo do Nubank, o laranja do Inter) é deliberadamente amigável, reduzindo a ansiedade associada ao gerenciamento de dinheiro.

  • Zero Jargão: Não há "cédula de crédito bancário" ou "rendimento bruto." Há "Seu Dinheiro" e "Investir Agora."


A Estratégia: A simplicidade do UX e a leveza do Branding foram usadas para minimizar a fricção percebida. Elas fizeram com que o usuário sentisse que, finalmente, ele estava no controle.


2. As 3 Lições de UX e Branding das Fintechs


Os sucessos dessas empresas não são acidentais, são o resultado de escolhas estratégicas focadas no usuário:


Lição 1: UX Writing como Ativo de Confiança


A forma como o produto fala é a sua maior arma anti-burocracia.


  • Tom de Voz (Branding): É informal, direto e empático. Se o cliente comete um erro, a mensagem não é "Falha Crítica do Sistema," mas sim "Ops, parece que houve um erro de digitação. Vamos tentar de novo?"

  • Clareza Imediata: Não há letras miúdas. O texto explica o benefício antes de pedir a ação. O cliente sabe exatamente o que está contratando ou pagando. Isso gera a transparência que os bancos tradicionais nunca tiveram.


Lição 2: Feedback Imediato e Controle (O Poder do "Agora")


A espera gera ansiedade. O UX das Fintechs foi construído para eliminar o tempo de espera.


  • O que é: Confirmação instantânea de Pix, notificações em tempo real de uso do cartão e extrato atualizado imediatamente após a transação.

  • A Estratégia: O design usa a tecnologia para reforçar o princípio de controle. O usuário tem o poder de ver, bloquear, desbloquear e movimentar o dinheiro na palma da mão, eliminando a necessidade de ligar para um call center ou ir a uma agência.


Lição 3: Design Thinking Orientado à Redução de Custos


O bom UX é o melhor aliado do CFO.


  • Como Funciona: Um app fácil de usar e com informações claras minimiza as dúvidas do usuário. Menos dúvidas significam menos chamadas para o suporte.

  • O Ganho: O design de autoatendimento reduz o volume de chamadas para o suporte humano, o que se traduz em uma redução drástica nos custos operacionais (ligando diretamente ao nosso post sobre ROI).


3. Ameaça ou Oportunidade? A Posição do Mercado Tradicional


Para o mercado tradicional, as Fintechs não são apenas concorrentes; elas são um benchmark de experiência.


A única forma de competir não é simplesmente lançar um "app novo," mas sim adotar a mentalidade de quebrar a fricção. Isso exige um investimento estratégico em:


  1. Rebranding Estratégico: A identidade visual deve ser moderna, leve e, sobretudo, confiável.

  2. UX Writing: Treinar equipes para falar a língua do cliente, e não o "bancário."

  3. Auditoria de Fricção: Mapear cada ponto da jornada onde o cliente sente raiva, medo ou confusão, e usar o design para resolver isso.


O Design é a Tecnologia que Constrói Confiança


As Fintechs nos ensinaram que a confiança não é construída com edifícios gigantescos e ternos escuros, mas com clareza, honestidade e uma experiência de usuário impecável no celular. O design humanizado foi a tecnologia que levou o mercado de R$ 50 bilhões para a palma da mão do cliente.


Seja você um banco tradicional ou um novo player em outro setor (Saúde, Varejo), o princípio é o mesmo: o seu negócio só escala se a experiência do usuário for simples e honesta.


O GVL Studio é especialista em mapear a fricção, auditar o Tom de Voz da sua marca e criar experiências que transformam clientes frustrados em defensores leais.

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